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O Dossiê definitivo do futebol carioca: Fluminense Football Club

Posted by Victor Xavier em maio 10, 2009

Ficha de Cadastro do clube na  FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).

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Definição e estatuto do Clube


O Fluminense Football Club, fundado em 21 de julho de 1902, sediado em Laranjeiras, na Capital fluminense, mantendo o seu Centro de Treinamento em Xerém, na Baixada Fluminense, é uma sociedade civil de caráter desportivo, considerada de utilidade pública pelo Decreto nº 5044, de 28 de outubro de 1926, publicado no Diário Oficial da União de 10 de novembro de 1926. O Tricolor foi a primeira associação fluminense fundada para o futebol, sendo também o Decano dos grandes clubes brasileiros, o mais tradicional do país. Suas cores são o grená, o verde e o branco.

A história do Fluminense Football Club

Em 1901 o jovem Oscar Cox, que voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol, inicia suas tentativas de formar um time no Rio de Janeiro. Nesta época foi fundado o Club Brasileiro de Cricket, que passou a ser chamado mais tarde de Payssandu Cricket Club.

Oscar Cox

Oscar Cox

Em 1º de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros parte para Niterói para enfrentar um time formado por ingleses. Em 1910 os cariocas enfrentam os paulistas em São Paulo. O Fluminense Football Club foi fundado por Oscar Cox e mais vinte membros, oito anos após Charles Miller introduzir o futebol no Brasil. Em 21 de julho de 1902, em reunião na Rua Marquês de Abrantes, 51 – residência de Horácio da Costa Santos, nascia o primeiro clube de futebol do Rio de Janeiro.

O nome Fluminense surgiu sem maiores debates, tendo sido a idéia inicial Rio Football Club. Mas João Ferreira já havia utilizado o nome na sede do Natação e Regatas. A palavra “fluminense” na época identificava os nascidos no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal, apesar de por lei haver distinção. Outra versão deriva do latim “flumem”, que significa fluvial ou rio.

O primeiro jogo do Fluminense foi em 19 de outubro de 1902 contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu. O resultado foi uma goleada do Fluminense por 8 a 0. Em 06 de setembro de 1903 estréia o Fluminense em jogos interestaduais no campo do Velódromo, em São Paulo. De três jogos, o Fluminense empatou um e venceu dois jogos.

O Fluminense surgiu como clube específico para futebol e promovia o esporte junto ao público. Foi através de iniciativas pioneiras do Fluminense, como a promoção de partidas beneficentes, que o público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol. Isto contribuiu para o surgimento de novos clubes na cidade como o América, o Bangu e o Botafogo, todos fundados em 1904.

Torcedores
O Fluminense Football Club possui torcedores ilustres e famosos, entre eles presidentes, artistas e personalidades. Sua torcida é conhecida por dar grandes espetáculos dentro e fora das Laranjeiras. O Fluminense ganhou em 1950, 1951 e 1952 a Competição de Torcidas, organizada pelo Jornal dos Sports.

cartola

O Tricolor tem diversos apelidos, e seu mascote, o Cartola, idealizado pelo caricaturista argentino Mollas, surgiu elegante, com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. O jargão “pó-de-arroz”, conhecido pela torcida do Fluminense,  popularizou-se por causa do jogador Carlos Alberto.

Carlos Alberto

Carlos Alberto

Em 1914, vindo do América para o Fluminense, ele teve receio dos aristocráticos tricolores devido à sua cor. No jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, o suor que escorria de seu rosto deixou-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram “pó de arroz”. E foi assim que surgiu o apelido do clube.

Outros torcedores tornaram-se personalidades do clube devido ao seu amor e fidelidade ao time. Alguns deles se destacaram pela grande paixão ao Tricolor. Como Chico Guanabara, que estimulava o time berrando e reclamando com o juiz. O famoso Barriga, que, ganhando ou perdendo, bebia para comemorar ou chorar as mágoas, mas era respeitador e incapaz de falar palavras obscenas. Seu ídolo era Welfare. Batista, que tinha passe livre dentro do clube, era sargento da Marinha e intermediava os jogos do Fluminense com o Riachuelo Football Club. Todos esses ilustres torcedores fazem parte da histórica do Fluminense por tanta dedicação e amor.

Os Ídolos

O Fluminense Football Club tem em seu passado estrelas do esporte nacional. Jogadores que ajudaram a traçar uma história inesquecível, cheia de brilho, amor e raça. Desde o início de sua trajetória, o Tricolor teve atletas que respeitaram e honraram suas cores. Ainda que tenha tido em suas equipes ídolos inesquecíveis como João Coelho Netto (Preguinho), Marcos Carneiro de Mendonça, Batatais, Romeu, Tim, Hércules, Ademir Menezes, Castilho, Didi, Telê Santana, Gerson, Rivelino, Paulo César Caju, Edinho, Carlos Alberto Torres, Delei, Washington, Assis, Romerito, Waldo, Branco, Renato Gaúcho, entre outros, o Flu se caracteriza sobretudo por sua força como clube e sua tradição à camisa. Alguns dos esportistas que ajudaram a fazer a linda história repleta de vitórias e emoções do Fluminense:

Welfare

Welfare

Welfare – Henry Welfare, inglês de Liverpool, foi o artilheiro do primeiro tri-campeonato, com cinquenta e seis gols. Jogou pelo clube de 1913 a 1924. Fez 137 gols ao longo de sua carreira no Fluminense. Sua reconhecida categoria e habilidade o transformaram em um dos maiores ídolos do clube.

Marcos Mendonça

Marcos Mendonça

Marcos Carneiro de Mendonça – Com o mineiro de Cataguases, o Fluminense iniciou em 1914 sua tradição de formar grandes goleiros. Marcos tinha grande sentido de colocação, tranqüilidade, sangue frio e reflexos apurados. Foi o primeiro goleiro da história da Seleção Brasileira, que defendeu durante nove anos, a partir de 1914.

Telê Santana

Telê Santana

Telê – Mineiro da cidade de Itabirito, Telê Santana da Silva foi um dos maiores ídolos da torcida tricolor nos anos 50 e ficou para sempre identificado como símbolo da raça tricolor. Habilidoso, ponta veloz e raçudo, sempre terminava as partidas com a camisa encharcada de suor. O apelido “Fio de Esperança” servia como luva para um atleta que não esmorecia nem nos momentos difíceis. Jogou no clube de 1951 a 1962.

Castilho

Castilho

Castilho – O carioca Carlos José Castilho passou a história do Fluminense como um goleiro milagroso. Chamado de “Leiteria” pelos adversários por sua sorte incrível, em pouco tempo virou “São Castilho” para os tricolores. Era também um goleiro de muita coragem. Quando o médico lhe disse que teria que passar dois meses afastado devido à quinta contusão no dedo mínimo esquerdo, Castilho optou pela amputação parcial para poder voltar a jogar em duas semanas. Sobressaíam em Castilho a habilidade para pegar pênaltis, o arrojo e a colocação. Foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube, jogando mais de setecentas partidas pelo Fluminense.

Didi

Didi

Didi – Waldyr Pereira, natural de Campos, foi o grande cérebro do título carioca de 1951. Fez história no Fluminense jogando com a cabeça sempre erguida e passes precisos. Criou a “folha-seca”, chute em que a bola descreve várias curvas. É considerado o maior lançador de longa distância do futebol brasileiro. Jogou no clube de 1946 a 1963.

Waldo

Waldo

Waldo – Waldo Machado da Silva, natural de Niterói, tornou-se sinônimo de gol para a torcida tricolor. Fazia gols de canela, com chutões desprovidos de dribles ou firulas. Sua genialidade residia justamente na capacidade de não perdê-los. Sua média no clube foi quase de um gol por partida. É o maior artilheiro do Fluminense, com 314 gols em 403 jogos. Atuou pelo clube de 1954 a 1961.

Gérson

Gérson

Gerson – O Canhotinha de Ouro encantou a torcida com lançamentos precisos e a perfeição de seus passes e dribles. Gerson caracterizava-se pelos lançamentos em profundidade que fazia com sua perna esquerda. Natural de Niterói é tricolor de coração, escolheu o Flu para encerrar a carreira e o fez em grande estilo, levando o time ao título estadual de 1973.

Carlos Alberto Torres

Carlos Alberto Torres

Carlos Alberto Torres – Foi um dos maiores laterais direitos da história do futebol brasileiro, caracterizado pela personalidade, elegância e técnica em campo. Carioca, jogou pelo clube de 1963 a 1982.

Rivelino

Rivelino

Rivelino – Roberto Rivelino, nascido em São Paulo, veio do Corinthians para o Fluminense. Logo na estréia, Rivelino fez três gols contra seu ex-clube, no massacre de 4 a 1. Sua consagração veio com o bicampeonato de 1976. Seu futebol era de impressionar, driblava curto e com rapidez estonteante. Foi apelidado de Patada Atômica, durante a Copa de 1970, por seus potentes chutes de canhota. Excelente cobrador de faltas, marcou 53 gols nos 158 jogos que disputou pelo clube. Jogou de 1965 a 1979.

Assis

Assis

Assis – Benedito de Assis da Silva, paulista, jogou no Fluminense de 1983 a 1987. Conhecido como Carrasco, Assis formou com Washington o Casal 20. A dupla famosa no futebol do Rio de Janeiro levou o clube ao campeonato estadual de 1983. No ano seguinte, ao lado de outros craques, comandou o Fluminense na conquista de mais um Campeonato Estadual e o Brasileiro de 1984. A série de conquistas culminou com o tricampeonato estadual 83/84/85. Bastava tocar na bola para que se revelasse sua técnica apurada, seu futebol simples de drible fácil e seu incrível dom para o jogo aéreo. Durante muitos anos uma canção ecoaria no Maracanã lotado em dias de Fla-Flu: “Recordar é viver, Assis acabou com você”.

Branco

Branco

Branco – Cláudio Ibraim Vaz Leal, gaúcho de Bagé, chegou ao Fluminense com dezenove anos. Formou com o ponta-esquerda Tato uma das mais entrosadas duplas da história do clube. Extremamente técnico, vigoroso e com muita personalidade, tinha como sua maior arma o chute forte e com efeito nas cobranças de falta a longa distância. Trouxe para o clube os títulos estaduais de 83 / 84 / 85 e brasileiro de 84.

Romerito

Romerito

Romerito – Júlio César Romero Isfran, nascido na cidade de Luque, no Paraguai, chegou ao Fluminense em 1984, em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, Romerito não precisou mais do que algumas rodadas para encontrar seu melhor posicionamento no time. Começava a mostrar então o que o seu futebol tinha de melhor: técnica, raça e um incansável espírito guerreiro que contagiava toda a equipe.

Renato Gaucho

Renato Gaucho

Renato Gaúcho – Menos de seis meses depois de sua chegada ao clube, transformou-se numa unanimidade para os tricolores, levando o Fluminense à conquista do Campeonato Estadual de 1995. Renato levou o Fluminense à vitória nas três partidas que participou contra o Flamengo, tendo marcado gols em todas elas. O último deles, o gol do título, feito de barriga aos 42 minutos do segundo tempo de um jogo em que ao Fluminense só interessava a vitória.

Os presidentes do clube
1-  Oscar Cox – Presidente fundador aos 22 anos (21/07/1902 a 1904)

2- Francis Walter ( 1904 a 1908)

3- Antônio Vaz Carvalho (1908 a 1910)

4- Antônio Cavalcante (1910 a 1912)

5- Carlos Guinle (1912)

6- Guilherme Guinle (23/12/1912 a 29/07/1913)

7- Felix Frias (11/09/1913 a 26/12/1913)

8- Carlos Guinle (26/12/1913 a 26/04/1914)

9- Cunha Freire (16/04/1914)

10- Arnaldo Guinle (1916 a 1931 e 1943 a 1945)

11- Oscar Costa (1931 a 1936)

12- Alaor Prata (1936 a 1940)

13- Marco Pólo (1940 a 1941)

14- Marcos Carneiro de Mendonça (1941 a 1943)

15- Manoel de Moraes Barros Netto (1946 a 1949)

16- Fábio Carneiro de Mendonça (1949 a 1952)

17- Antônio Leite (1953 a 1954)

18- Jorge Freitas (1955 a 1956)

19- Jorge Frias de Paula (1957 a 1962 e 1972 a 1974)

20- Nelson Vaz Moreira (1963 a 1965)

21- Luiz Murgel (1966 a 1968)

22- Francisco Laport (1969 a 1971)

23- Francisco Horta (1975 a 1977)

24- Silvio Vasconcellos (1978 a 1980)

25- Sylvio Kelly dos Santos (1981 a 1983)

26- Manoel Schwartz (1984 a 1986 e 1998)

27- Fábio Egypto (1987 a 1988)

28- Ângelo Chaves (1989 a 1992)

29- Arnaldo Santiago (1993 a 1995)

30- Gil Carneiro de Mendonça (1996)

31- Álvaro Barcelos (1977)

32- David Fischel ( 1999 a 2004)

33- Roberto Horcades Figueira (desde 2005)

As conquistas

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Conquistas
Títulos oficiais no futebol O Fluminense Football Club tem em seu histórico de títulos oficiais um número exemplar de troféus e taças jamais ganhas por nenhum time brasileiro. Confira abaixo a lista de alguns campeonatos, onde a estrela do Flu brilhou sozinha no topo do pódio.

Campeonatos Estaduais – 1906 – 1907 – 1908 – 1909 – 1911 – 1917 – 1918 – 1919 – 1924 – 1936 – 1937 – 1938 – 1940 – 1941 – 1946 – 1951 – 1959 – 1964 – 1969 – 1971 – 1973 – 1975 – 1976 – 1980 – 1983 – 1984 – 1985 – 1995 – 2002 – 2005.

Taça Guanabara – 1966 – 1969 – 1971 – 1975 – 1983 – 1985 – 1991 – 1993

COMPETIÇÕES NACIONAIS
Copa do Brasil – 2007

Campeonato Brasileiro – 1970 (Taça de Prata), 1984 e 1999 (série C)

Torneio Rio de Janeiro – 1990

Torneio Rio / São Paulo – 1957 e 1960

COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS
II Copa Rio – Mundial Interclubes – 1952 (invicto)

Taça Viña Del Mar – Chile – 1976

Troféu Paris – França – 1976 e 1987

Troféu Teresa Herrera – Espanha – 1977

Torneio de Seul – 1984

Copa Kirim – Japão – 1987

Copa Kiev – Rússia – 1989

Taça Olímpica
Em 1949, o Fluminense Football Club ganhou esse prêmio especial. O Flu é o único clube latino americano detentor desta taça, equivalente ao prêmio Nobel do esporte, instituído pelo Barão de Coubertin – criador dos Jogos Olímpicos.

A Sede
O Fluminense Football Club obteve sua primeira sede no dia 17/10/1902. A instalação inicial do clube tinha como endereço a Rua Guanabara, a atual Pinheiro Machado, esquina com a Rua do Roso, a atual Coelho Netto. O Fluminense alugava o terreno do Banco da República por cem mil réis. Porém, a primeira opção dos fundadores do Fluminense, era um terreno na Rua Dona Mariana, mas a proposta foi recusada pelo proprietário.

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Só um ano mais tarde o terreno foi nivelado. Na época, a máquina niveladora e a de cortar grama eram puxadas por um burro. Para preservar o trabalho já feito, o animal era sempre cuidadosamente calçado com luvas de veludo nas quatro patas. “Faísca” ficou então famoso e conhecido como o “burro mais elegante do Rio de Janeiro”.

Mais tarde o terreno foi comprado por Eduardo Guinle e imediatamente começaram as obras para a construção da sede. Antes ela era uma pequena casa branca que servia de moradia para o vigia. Após a instalação de água e banheiro, o Fluminense já pagava o dobro do aluguel.Em 14/08/1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no campo da Rua Guanabara, contra o Paulistano. Este foi o jogo inaugural da nova praça de esporte no Rio de Janeiro e a diretoria do Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros ingressos para um jogo de futebol. Foram 806 sócios e 190 não-sócios pagantes na bilheteria.

Em 1905, Eduardo Guinle construiu, por sua conta, a primeira arquibancada em campos de futebol do Rio de Janeiro. Concluído este melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a segunda.

A inauguração da terceira sede, em 27/07/1915, foi muito comemorada, culminando com um baile no rink de patinação, quando foi entoado o primeiro hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.

Ainda em 1915, o presidente Cunha Freire construiu arquibancada privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.

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Em 1918, começam as reformas que vão dar origem à quarta sede do Fluminense. As obras terminam em 1920, sob presidência de Arnaldo Guinle, que contratou o arquiteto Hipolyto Pujol para projetar as dependências. Com vitrais franceses e lustre de cristal, o Salão Nobre se tornou palco de muitos shows, bailes, desfiles, óperas e balé. Ainda hoje é muito utilizado para festas, reuniões e gravação de filmes como Anos Dourados, Dona Flor e seus dois maridos, Villa Lobos, novelas e comerciais. A sede é própria e hoje é tombada pelo Patrimônio Histórico.

Em 1961, a pedido da Prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu terreno foi desapropriado pela Sursan para ampliação da Rua Pinheiro Machado – uma área de 1.084m²,  que culminou com a demolição de uma parte da arquibancada. O Governo indenizou o clube pela perda de seu patrimônio e o Fluminense prestava novamente à cidade mais um serviço.

O reino do laranjal: O CT de Xerém

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Fugindo do tumulto e agitação que oferecem os grandes centros, o Fluminense Football Club construiu um Centro de Treinamento para acomodar suas equipes de divisões de base.

Situado a 40 km do Centro do Rio, na tranqüilidade de Xerém – Distrito da cidade de Duque de Caxias, o Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras (CTVL) é o palco de um trabalho de renovação que já começa a render bons frutos.

No Centro de Treinamento, mais de 200 garotos, com idade entre 9 e 20 anos, recebem alimentação balanceada, estudo, acompanhamento social, psicológico e médico, além dos treinamentos físicos, técnicos e táticos necessários para o desenvolvimento da prática de futebol.

Tudo isto sempre com a orientação e acompanhamento de profissionais diplomados e qualificados dentro do cenário esportivo nacional.

É pensando em fornecer ao Brasil grandes craques que o Fluminense, como clube esportivo e agente social, orgulha-se do trabalho desenvolvido no Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras – CTVL.

O papel de formação e qualificação de atletas e homens para a sociedade brasileira vem sendo cumprido com o mais alto grau de compromisso e empenho.

Jogos inesquecíveis

Campeonato Brasileiro de 1984

Fluminense_1984

O Campeonato Brasileiro de futebol de 1984 teve como campeão o Fluminense que empatou com o Vasco da Gama em zero a zero no Maracanã. Oito chaves de cinco times. .Os três primeiros de cada grupo passavam para a fase seguinte. As equipes que terminaram a primeira fase em quarto lugar em cada grupo foram para a repescagem. Sete chaves de quatro clubes cada faziam parte da segunda fase da competição. O campeão e vice de cada grupo se classificaram à terceira fase da competição, mais o vencedor da Taça CBF e o time de melhor índice técnico entre os não classificados. Na terceira fase os times foram agrupados em quatro chaves de quatro clubes cada. Os dois primeiros passaram às quartas-de-final onde até o final foram disputados jogos no sistema mata-mata com partidas de ida e volta.

A Final:

27/05/84

Vasco 0x0 Fluminense
Local: Maracanã (RJ)
Juiz: Romualdo Arpi Filho (SP)
Renda: CR$ 638.160.000,00
Público: 128.781 espectadores

Vasco: Roberto Costa; Edevaldo, Ivã, Daniel Gonzáles e Airton; Pires, Mário e Arturzinho; Jussiê (Marcelo), Roberto Dinamite e Marquinho
Técnico: Edu

Fluminense: Paulo Vitor; Aldo, Duílio, Ricardo e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato
Técnico: Carlos Alberto Parreira

Campanha do Fluminense:

26 jogos, 15 vitórias, 9 empates e 2 derrotas, 37 gols pró e 13 gols contra

O Campeonato Carioca de 1995


campeao1995

Taça Guanabara

A Taça Guanabara foi disputada por 16 clubes, divididos em dois grupos de 8 clubes cada. As equipes jogaram entre si em turno e returno apenas dentro dos grupos (não havia cruzamento). Os campeões de cada grupo disputam o título da Taça Guanabara em partida única.

Octogonal Final

Participaram do octogonal final os 4 clubes mais bem colocados de cada grupo da primeira fase, sendo que o clube de pior campanha dentre os classificados disputou uma partida contra o vencedor do Módulo Intermediário.

Esta fase final foi disputada em jogos de turno e returno, tendo os campeões de cada grupo da primeira fase ganho um ponto de bonificação, e o campeão da Taça Guanabara mais um ponto.

renato gaucho

Chega o dia da grande final

(Vale lembrar que o jogo não foi exatamente uma final, mas a última partida do segundo turno do octogonal, onde coincidentemente se confrontaram as duas equipes que disputavam o título)

No dia 25/06/1995, em mais uma tarde-noite no Maracanã, os protagonistas da decisão estão frente a frente, em uma partida de muita chuva no primeiro tempo. Começa o jogo. O Flu toma o domínio do jogo, logo de imediato. O Flamengo quase não ataca. O Fluminense vai pra cima, sempre perigoso. Aos 30 minutos da primeira etapa, Renato Gaúcho recebe lançamento pela esquerda, encara a marcação de dois rubro-negros, cai, e mesmo assim, chuta de esquerda, deslocando o goleiro Roger para abrir o placar no Maracanã. Fluminense 1 x 0. O Flu segue pressionando, mesmo com o placar favorável. Tanto pressiona que, até o que parece dar errado, dá certo. Aos 42,Márcio Costa dá um chute da entrada da grande área, meio sem pretensões. A bola vai de encontro ao goleiro Roger, que acaba “batendo roupa”, e deixando a bola livre para Leonardo, absolutamente livre de marcação, tocar para o gol vazio e ampliar. Flu 2 x 0. Fim do primeiro tempo. O Flamengo volta diferente para a etapa final. Volta com tudo, pressiona o Fluminense o tempo todo. Em um dos raros lances de ataque do Fluminense no segundo tempo, o goleiro Roger quase toma um frangaço ao dominar muito mal uma bola chutada pelo ataque tricolor, o que poderia ter sido o terceiro tento do time das Laranjeiras. Por volta dos 20 minutos, Branco cobra uma falta de aproximadamente 30 metros. A bola explode no travessão, e aí a torcida do Flamengo acorda de uma vez. A pressão aumenta ainda mais, e o tricolor começa a sentir a pressão. Em uma bola mal-rebatida pela zaga tricolor, aos 26, a bola sobra livre para quem??? Para ele mesmo!!! Romário!!! O baixinho domina a bola e toca por entre as pernas do goleiro Wellerson para diminuir o placar. Fluminense 2 x 1 Flamengo. Logo após o gol, o atacante do Flamengo Sávio corre pra pegar a bola, ao que é impedido pelo zagueiro tricolor Sorlei, o que causa um princípio de confusão, com muitos empurrões entre jogadores de ambos os times. Depois de alguns minutos, o jogo recomeça e o Flamengo segue no ataque, sempre com a torcida apoiando e gritando. Os rubro-negros eram 3/4 do total dos 120.518 pagantes presentes à decisão daquela tarde-noite. O Fluminense definitivamente acusa o golpe. Aos 32, o meia Fabinho, vendo um marcador tricolor no seu caminho e percebendo outros dois que se aproximavam dele, avança em direção à grande área tricolor,e, da entrada da mesma, pára, de forma repentina, consegue dar um corte nos três jogadores do Fluminense em apenas um lance, e manda um petardo de esquerda em direção ao gol de Wellerson, que se estica todo pra tentar alcançar a bola. Outro detalhe do lance é que o lateral-esquerdo Lira ainda tentou, em vão, cortar a bola. Resultado: nem ele nem Wellerson puderam mudar a trajetória da bola. Era o gol de empate Flamengo, o gol que lhe daria o título estadual no ano do seu centenário. O Maracanã vai abaixo. Muitos naquela hora dizem que não há dúvidas, é a mística da camisa, é a pele rubro-negra, é a raça, e por aí vai. O jogo recomeça. Inexplicavelmente, o Flamengo, ao invés de continuar atacando pra tentar a virada, recua, e começa a jogar fechado, exatamente como no primeiro tempo. O Fluminense entra em desespero. O time se abala psicologicamente. Mesmo assim, ainda busca o mínimo de forças que ainda lhe resta e vai pra cima, mesmo com 3/4 do Maracanã torcendo contra. A coisa piora quando Lira comete uma falta violentíssima em Fabinho e é expulso. A torcida do Flamengo já comemora o título. Alguns jogadores reservas já se encontram à beira do gramado, quase invadindo o campo pra comemorar. Então, o Fluminense parte para aquela que, provavelmente, seria a sua última chance. Aos 42, o meia Ailton recebe um lançamento pela direita, parte pra cima de Charles Guerreiro, que está logo à sua frente, e, dentro da grande área, dá dois dribles desconcertantes no marcador, um pela esquerda e outro pela direita. Após isto, Ailton arrisca o chute. Olhando o lance na televisão ou pela internet, percebe-se que, pela trajetória da bola, ela iria pra fora. Mas, no exato momento do lance, a bola encontra o atacante Renato Gaúcho, por sinal, mal marcado pela zaga do Flamengo, que, percebendo a chegada da mesma vindo em sua direção, se posiciona pra tentar dominá-la. Mas acaba não sendo necessário, porque, o chamado “Sobrenatural de Almeida” entra em ação, quando tudo parece perdido. Isso porque, com a força do chute de Ailton, somado ao posicionamento de Renato Gaúcho no momento do lance, a bola resvala na barriga do atacante tricolor e vai direto para o fundo das redes. Gol legal. Fluminense 3 x 2 Flamengo. Então, o Flamengo entra novamente em desespero, e, mais uma vez, vai com tudo pra cima do Fluminense. No finalzinho do jogo, o Flamengo quase consegue o gol de empate, mas o juiz invalida a jogada, alegando impedimento no lance. O Fluminense, exausto em campo, se supera para segurar o placar a todo custo. É só chutão pra frente. Mais uns 2 ou 3 minutos depois, o árbitro Leo Feldman dá o apito final. Final de jogo no Maracanã. Fluminense 3 x 2 Flamengo. Fluminense campeão carioca de 1995, para a alegria dos torcedores do Fluminense, que não viam o clube ganhar um título havia dez anos. O último havia sido em 1985, frente ao Bangu.

Final da Libertadores da América de 2008

final libertadores flu

O torneio foi decidido nos tiros da marca penal porque o jogo de ida, em Quito, havia terminado em vitória por 4 a 2 dos donos da casa. No Rio de Janeiro, o triunfo tricolor forçou a prorrogação, na qual o empate no placar agregado foi mantido. Nos pênaltis, o goleiro Cevallos defendeu três cobranças e se consagrou.

O primeiro jogo decisivo de Libertadores disputado no Estádio do Maracanã começou mal para o Fluminense, que viu Bolaños abrir o placar logo aos 5min. Ainda no primeiro tempo, no entanto, Thiago Neves balançou a rede duas vezes e manteve os anfitriões vivos na luta pelo título.

Com Dodô no lugar de Ygor, os comandados de Renato Gaúcho partiram definitivamente ao ataque após o intervalo. Thiago Neves, de falta, igualou o placar agregado da decisão, aos 11min. As duas equipes tiveram oportunidades, mas o 3 a 1 foi mantido, sendo necessária a disputa da prorrogação.

Prejudicado pela arbitragem – que deixou de dar dois pênaltis na etapa inicial – no tempo normal, o Flu teve ajuda na prorrogação do bandeira, que apontou impedimento em gol legal marcado por Bieler. No entanto, Conca, Thiago Neves e Washington desperdiçaram suas cobranças na disputa por pênaltis, e o título ficou com a LDU.

O Maracanã rapidamente ficou vazio, e a festa foi dos jogadores equatorianos, que disputarão o Mundial de Clubes no final da temporada, no Japão. A conquista foi a primeira de um time do Equador na história da Copa Libertadores da América.

fluminense caldeirao

O jogo

A manutenção da escalação da primeira partida não tirou o poder ofensivo do Fluminense, que buscou o ataque desde o princípio, mas o setor defensivo vacilou e foi castigado. Aos 5min, Manso puxou contra-ataque e lançou Guerrón, que passou por Ygor e cruzou rasteiro. O chute de Bolaños desviou em Gabriel e balançou a rede.

Na seqüência, uma chance para cada lado. Pelo Flu, Washington ganhou disputa na grande área e bateu para fora. Pela LDU, Bolaños avançou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e cruzou. Manso não conseguiu ajeitar o corpo para a conclusão e bateu por cima.

Thiago Neves, então, começou a reação tricolor. Aos 11min, o meio-campista dominou na intermediária, livrou-se da marcação e acertou o canto esquerdo baixo de Cevallos. O gol deu mais tranqüilidade aos anfitriões na busca por espaços na zaga do time equatoriano.

Aos 27min, o espaço apareceu. A LDU cometeu erro infantil e permitiu que Cícero recebesse com liberdade na linha de fundo, após cobrança de lateral. O camisa 17 bateu rasteiro para a área e encontrou Thiago Neves livre para balançar novamente a rede do goleiro Cevallos.

fluminense

Ainda no primeiro tempo, o Fluminense teve dois bons momentos, mas foi prejudicado pelo árbitro argentino Héctor Baldassi. Aos 30min, Washington invadiu a área e foi derrubado por Ambrossi: pênalti claro ignorado. Aos 42min, Cícero driblou o goleiro Cevallos e foi derrubado, mas impedimento inexistente havia sido assinalado.

No intervalo, Renato Gaúcho colocou o atacante Dodô no lugar do volante Ygor e recuou Cícero para o meio-campo. Dodô teve oportunidade nos primeiros minutos e viu seu arremate ser desviado antes de acertar a trave. Aos 11min, Thiago Neves sofreu falta próxima à área, bateu por cima da barreira e marcou pela terceira vez no jogo.

O empate por 5 a 5 no placar agregado tornou o jogo mais morno. As duas equipes passaram a adotar uma cautela maior e tiveram menos oportunidades. Bieler chegou a acertar a trave em arremate prensado, e Conca assustou em chute de fora da área, mas a decisão foi mesmo para a prorrogação.

fluzao

De morno, o jogo passou a gelado no tempo extra. Gabriel e Arouca deram lugar a Maurício e Roger no Fluminense, que pouco criou até o apito final. Embora cautelosa, a LDU chegou a balançar a rede em cabeçada de Bieler, já nos instantes finais, mas impedimento inexistente foi assinalado. No último minuto, Luiz Alberto teve de parar Guerrón com falta e recebeu o cartão vermelho.

A Copa Libertadores, então, foi decidida na disputa por pênaltis. A LDU começou batendo e desperdiçou apenas sua segunda cobrança, realizada por Campos e defendida por Fernando Henrique. No entanto, Conca, Thiago Neves e Washington viram Cevallos rebater seus arremates. Cícero converteu para o Flu, mas não foi suficiente.


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11 Respostas to “O Dossiê definitivo do futebol carioca: Fluminense Football Club”

  1. ana amelia linhares said

    estou pesquiisando sobre um jogador de nome osmar yeixeira costa. preciso saber o periodo em que jogou e em qual posição, espero contato e agradeço antecipadamente. ana amelia

  2. Edir de Carvalho said

    Boa tarde! Gosyaria se possível fosse, receber o histórico do jogo entre o Fluminense e o América realzado em 05 de maio de 1973 quando o Fluminense sofreu a derrota de 1 X 0 para o América.

    Local do jogo:
    Horário:
    Em que tempo fora marcado o Gol do América:
    Escalação do time do Fluminense:
    Escalação do time do América:

    Faço saber que sou torcedor do Fluminense e que essa minha solicitação é para fins de matéria escolar (pesquisa) do meu neto Lucas Cristians que também mesmo sem vestígios de seu nascimento na época, eu era ainda solteiro e não tinha filhos, ele, meu neto já sofre com a derrota de nosso Fluminense sem mesmo ter idéias do que se passara em nosso país na época. Quis até saber porque a escola pediu esse tipo de pesquisa, mas fui informado que cada aluno da classe tinha que falar sobre uma derrota de seu time. Nunca vi isso, mas como vale nota, fazer o que. Se possível for, agradeço a vocês pela boa vontade que na verdade, eu nem queria me lembrar dessa derrota. Abraços… Eu Edir de Carvalho. Para qualquer dúvida, meu telefone é: (21)3342-6693.

  3. po fico triste pois eu tentei todos os sites da internet mas infelizmente torno a pergunta a todos por favor coloquem as escalações dos times por favor fiquei devendo pro meu amigo que é tricolo duente a escalação do time dele que é o fluminense eu teimei com ele que o jogador dodo foi reserva do renato gaucho na final do campeonato carioca de 1995 sou flamenguista mas gostaria de ter certeza por não ser torcedor do fluminense eu não prestei atenção no que eu ouvir no esporte espetacular a tempos atrás mande video e a escalação dos dois time que disputarão a final do campeonato carioca de 1995 por favor

  4. Ronaldo CONCEIÇÃO SANTOS said

    quero saber de um jogador que estava na reseva do fluminense nome dele jean pierre ele era goleiro na epoca quero saber dele se estava no banco no fla x flu de 1995 te uma boa semana …

    • victorsxavier said

      Olá, não achei o jogador citado, mas achei um pouco sobre o campeonato de Carioca de 2005.

      Segue abaixo:

      1995…

      Campeonato vencido pelo Fluminense, no centenário do Flamengo, com um gol de barriga feito pelo Renato Gaúcho aos 42 minutos do segundo tempo, com o time jogando com 9 jogadores.

      Resumo do Campeonato:

      Clubes participantes: 16 ( dezesseis)
      Campanha: 28 jogos, 18 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 49 gols a favor, 19 contra, com saldo positivo de 30 gols
      Artilheiro do Campeonato: Túlio, com 27 gols ( Botafogo )
      Artilheiro do Fluminense: Leonardo, com 9 gols
      Técnico: Joel Santana
      Presidente do Fluminense: Arnaldo Santiago

      Time base:
      Wellerson, Ronald, Lima, Sorley e Lira; Márcio Costa, Ailton, Djair e Rogerinho; Renato e Leonardo. Entraram ainda Ézio e Cadu.

      História do título:

      O Fluminense conquistou o seu 28º campeonato em 1995, em uma das mais empolgantes decisões de todos os tempos, ao vencer o Flamengo na final por 3 a 2, quando o empate bastava para os rubro-negros.
      Há nove anos sem chegar ao título – desde que se sagrara tricampeão em 83-84-85 – o Fluminense disputava a quarta decisão consecutiva, encerrando uma campanha onde não obtivera qualquer vantagem. Os tricolores entraram no turno final com zero ponto, enquanto o Flamengo já somava três, e o Vasco e o Botafogo contavam um.
      Ao empatar com o América e, na segunda rodada, perder para o Botafogo, tudo parecia conspirar contra o Fluminense. Mas foi justamente aí, quando ninguém mais acreditava em suas possibilidades, que os jogadores tricolores se uniram e foram buscar forças para a arrancada impressionante em busca do título, numa sequência de 12 jogos sem derrotas.
      No balanço final do campeonato, foi o Fluminense o time que somou o maior número de pontos, vencendo 18 vezes, empatando sete e perdendo apenas três num total de 28 jogos. Os tricolores marcaram 49 gols e sofreram 19, apresentando um time de notável aguerrimento, equilíbrio e segurança.
      Comandados por Joel Santana, que com humildade, seriedade e competência soube unir o grupo e incutir raro senso de responsabilidade, os tricolores transformaram o início incerto numa conquista apoteótica. Wellerson firmou-se no gol, dando confiança a seus companheiros de defesa, onde sobressaía a segurança de Ronald, Lima, Márcio Costa, Paulo Paiva e Lira. No meio do campo destacava-se a atividade e dedicação de Ailton, Cadu, Djair, Rogerinho e Wallace; na frente, valentes e oportunistas, estavam Leonardo (o artilheiro da equipe com 9 gols), Ézio, Luís Henrique (que seriamente lesionado teve de se submeter à cirurgia) e o capitão Renato. À frente de todos, verdadeiro líder e grande incentivador, Renato Gaúcho dava provas de grande dedicação e responsabilidade profissional.
      A final não poderia ter sido mais emocionante. Um grande Fla x Flu, com o Maracanã lotado e as torcidas em festa. Só a vitória daria o título ao Fluminense e os tricolores reviveram sua imortal legenda de “vencer ou vencer”. O Fluminense iniciou esmagador e chegou aos 2 a 0, com gols de Renato e Leonardo, como poderia ter feito mais dois ou três. No segundo tempo, em jogada ocasional, o Flamengo diminuiu e logo depois chegou ao empate (2 a 2).
      Mas os tricolores não esmoeceram. Continuaram lutando, acreditando, tentando. Com um jogador a menos, quando faltavam quatro minutos, Ailton invadiu a área pela direita, aplicou uma série de dribles nos defensores adversários e mandou a bomba; a bola ia passar, quando surgiu Renato e a desviou com a barriga para as redes: Flu 3 a 2, Flu campeão, torcida em delírio, uma festa de heróis. Como diria Nélson Rodrigues, ali estavam todos os tricolores, vivos ou mortos, abandonando as sandálias da humildade para chorarem de felicidade total.
      Pela ansiedade, pela vibração, pela emoção – os tricolores sentiram que valera à pena esperar nove anos para reconquistar o título do Rio de Janeiro. No jogo final o Fluminense formou com: Wellerson, Ronald, Lima e Sorley; Márcio Costa, Ailton, Djair e Rogerinho; Renato e Leonardo. Entraram ainda Ézio e Cadu.
      O Rio, na noite de 25 de junho de 1995, enfeitou-se de grená, branco e verde, lotando bares e restaurantes sob o canto da velha marcha de Lamartine Babo que retrata a história tricolor: “Sou tricolor de coração, sou do clube tantas vezes campeão…”

  5. Hanna said

    vim com forma de elogio…..
    estou faz uma déc fora do rio mas sou tricolor de coração. infelizmente daqui do sul, não da pra acompanhar muito o que anda ocorrendo e, por ser mulher e um pouco nova(não deixa de ser motivos), acabo sem saber muito sobre meu time. Sei de uma certeza, o pouco que sei de futebol, meu time é muito bom e não largo dele por nenhum outro.
    me esclareceu muitas duvidas que tinha e muitas coisas que n sabia. gostaria de continuar sabendo e, se possivel, por e-mail
    mto bom esse tópico e mto esclarecedor
    beijos e vlw!!!!(de coração)

  6. Amanda said

    Olá bom dia!
    Meu filho é um grande admirador do Fluminense e ele está fazendo um pequeno histórico do time de futebol e está faltando para ele os nomes dos jogadores, titulares e reservas q atuaram nos anos de 1968, 1969, 1970 e 1971.
    Muito obrigada!

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